Todos os equipamentos em funcionamento na indústria estão sujeitos a desgastes. Os bicos de pulverização, peças mecânicas de precisão, não são diferentes. Evidentemente, problemas nos bicos de pulverização devido ao desgaste natural pelo uso podem aparecer e gerar situações indesejadas, como paradas imprevistas ou prolongadas, comprometendo a produtividade.
Algumas inconformidades nos bicos de pulverização são muito fáceis de serem detectadas, especialmente quando os impactos do funcionamento irregular são observados no controle de qualidade ou quando demandam tempo de manutenção maior do que o idealmente necessário. Outros sintomas de que há algo errado costumam ficar camuflados, mas, como especialistas no assunto, enfatizamos que os inconvenientes de ter bicos funcionando com performance comprometida uma hora aparecem. Por isso, o quanto antes você puder detectá-los, melhor.
Recomendamos uma checagem de funcionamento a cada seis meses. Nesse post, apontamos caminhos para que você possa identificar problemas nos seus bicos de pulverização mais facilmente, buscar medidas corretivas e mitigar as consequências. A primeira dica – muito valiosa, diga-se de passagem – é saber que apenas a inspeção visual não é suficiente. Alguns desgastes não podem ser vistos a olho nu e exigem testes especiais para serem detectados.
Índice
Problema 1: Mudança na vazão dos bicos de pulverização
Independente de qual é o modelo de bico de pulverização usado em sua operação, a vazão aumentará conforme a deterioração das superfícies do orifício e/ou do difusor interno. Maior vazão também terá reflexos no tamanho da gota.
Problema 2: Deterioração na qualidade do padrão do jato de pulverização
Esse problema varia de acordo com o tipo de bico. Nos bicos de cone oco, com a ocorrência do desgaste do orifício, a uniformidade do padrão do jato é destruída com o desenvolvimento de riscos e os padrões ficam pesados ou leves em seções do jato. Nos bicos de cone cheio, a distribuição do padrão do jato deteriora ao passo em que mais líquido flui para o centro do padrão. Já no jato sólido, observamos riscos e fluxos mais pesados no centro do padrão, acompanhado por uma diminuição no ângulo de cobertura do jato tipificam a deterioração.
Problema 3: Aumento no tamanho da gota
Com o desgaste dos orifícios, a vazão aumenta ou a pressão do jato cai, resultando em gotas maiores, o que causa uma área de líquido menor.
Problema 4: Menor impacto do jato de pulverização
O impacto do jato diminui com bicos desgastados que operam em pressões menores. No caso das aplicações com bombas centrífugas, o impacto pode aumentar por causa da maior vazão no bico.
Use a seguinte equação para calcular o impacto teórico total do jato:
7 motivos que comprometem o desempenho do bico de pulverização
É importante que, além de reconhecer o problema, você saiba quais são as principais causas por trás do funcionamento inadequado dos bicos:
Erosão ou desgaste
Erosão ou desgaste
Trata-se da remoção gradual do material do bico, que causa o aumento e/ou distorção do orifício do bico. Como resultado, a vazão costuma aumentar, a pressão diminuir, os padrões ficam irregulares e as gotas aumentam.
Corrosão
Corrosão
O material do bico pode se deteriorar devido as ações químicas do material pulverizado ou do ambiente. As consequências são parecidas às do bico com erosão ou desgaste, somado o dano adicional às superfícies externas do bico. Fique de olho nos bicos atomizadores a ar porque eles são particularmente sensíveis à corrosão e mesmo com pouca corrosão o impacto no tamanho da gota e uniformidade é sentido.
Alta temperatura
Alta temperatura
Certos líquidos devem ser pulverizados a temperaturas elevadas ou em ambientes de altas temperaturas, o que pode afrouxar ou deteriorar os bicos se eles não forem produzidos com materiais resistentes.
Incrustração
Incrustração
Aqui estamos falando do acúmulo de material no interior ou bordas externas do orifício, que pode ocorrer por evaporação do líquido. Uma camada de sólidos secos permanece e causa obstrução do orifício ou passagem de fluxo interno. O acúmulo de materiais próximos ao orifício do bico também deteriora o desempenho e pode ter consequências sérias em alguns tipos de bicos como atomizadores a ar.
Dano acidental
Dano acidental
Isso ocorre, por exemplo, quando se usa uma ferramenta errada de limpeza. Lembre-se, use apenas escovas com cerdas macias para limpeza dos bicos pulverizadores. Os bicos também podem sofrer danos quando são derrubados no chão durante instalação ou operação. Muita atenção!
Entupimento
Entupimento
Partículas sólidas indesejáveis podem bloquear o interior do orifício. A vazão fica restrita e perde-se a uniformidade do padrão de jato. Vale lembrar que uma medida preventiva para esse problema é o uso de acessórios de pulverização, como os filtros para sistemas de pulverização, que além de evitarem entupimentos e paradas repentinas, protegem bicos, válvulas e bombas de resíduos nocivos.
Montagem incorreta
Montagem incorreta
Alguns bicos exigem remontagem cuidadosa após a limpeza. É importante se certificar de que gaxetas, anéis de vedação e difusores internos estejam adequadamente alinhados. O posicionamento incorreto pode resultar em vazamento e desempenho ineficaz do jato. Também há o aperto excessivo das capas dos bicos nos corpos, o que pode fazer com que as roscas espanem.
Agora que você já tem uma noção dos principais problemas que podem acontecer no bico de pulverização e das situações que normalmente costumam provocá-los, já é possível observar esses detalhes na sua operação.
Você também sabe que os especialistas da Spraying Systems estão à sua disposição para ajudá-lo na identificação desses problemas, além de terem condições de conduzir testes específicos e fazer recomendações para correção e prevenção. Se houver qualquer dúvida, entre em contato.
Boa tarde!
Vocês tem algum procedimento para medir o desgaste do bico?
Grato
Oi Nelson, tudo bom? Temos sim!
Entre em contato com a gente pelo email spraybr@spray.com.br que colocamos você em contato com um especialista.